terça-feira, 18 de maio de 2010

CHAMAVA-SE KÁTIA...

Logo pela manhã, no Dia das Mães, Ysadora pediu para ir brincar com Thiane, uma de suas amiguinhas, na casa de Silvana. Júnior a levou até lá. Meia hora depois ela aparece aqui em casa com Ysadora nos braços dizendo que a menina estava ardendo em febre... A levamos imediatamente para o Hospital São Vicente de Paulo que fica em Barbalha, cidade vizinha. Chegando lá ela vomitou logo na recepção do hospital. Foi atendida pela Dra. Elouise e a mesma pediu um hemograma e prescreveu soro com medicamentos para baixar a febre e uma radiografia do pulmão. Isso foi às 10:00 h da manhã...

Passamos a tarde toda com ela em observação. Quando a Dra. Elouise chegou nos informou o diagnóstico: pneumonia. Isso foi um choque para mim. Pneumonia? Mas como assim? Tudo bem que a Ysadora estava tossindo cheio (de catarro) mas não ficou indisposta nem teve febre até então... Pensei que fosse uma gripe comum! Confesso que fiquei arrasada...

Ficamos aguardando até surgir uma vaga para internação até que uma enfermeira chegou e me falou que havia uma vaga na pediatria mas que eu teria que dividir o quarto com uma criança especial. Especial? Bom, há vários tipos de crianças especiais. Pedi para que me explicasse melhor e ela disse que tinha vezes da tal criança ter ataques. Perguntou se eu aceitava tal situação sob um olhar preconceituoso o que me decepcionou bastante. Fiquei insegura com a reação dela. Era como se a criança fosse atacar minha filha a qualquer momento. Vendo que eu estava constrangida e sem entender como seria nosso acompanhante de quarto, a tal enfermeira me levou até lá para que eu decidisse. Ao chegar no quarto 205, vi Kaio sobre a cama. Era uma criança com paralisia cerebral. Sua mãe, Kátia, nos sorriu e a enfermeira disse que estávamos ali para ver "as acomodações do quarto". Como é que uma pessoa pode ser assim? Então ela achava que eu ia negar internar minha filha no mesmo quarto que uma criança como Kaio? O menino não falava, não chorava, nem fazia nada, dependia só e exclusivamente da mãe para se alimentar, para ser trocado, para tomar banho e para receber medicação via oral. Os "ataques" os quais se referia a enfermeira nada mais eram do que convulsões. Voltei para o quarto de observação em estava Ysadora e disse que aceitava ficar lá sem nenhum problema...

Quando chegamos ao quarto, deitamos Ysadora no leito 205-2. Nessa primeira noite ela teve febre muito alta. Recebeu medicação e nem assim a febre baixava. Teve um momento que o termômetro registrou 39,7o C e aquilo me apavorou. A essa altura ela já tinha vomitado mais umas duas ou três vezes, não lembro direito... A enfermeira presente disse que não poderia dar nova medicação e me orientou a fazer compressa gelada no corpo da pequena. Kátia foi super prestativa e me acalmava quando era necessário... Graças a Deus a febre foi embora.

No dia seguinte, eu e Kátia conversamos bastante. Parecíamos amigas de infância. Falávamos sobre todo tipo de assunto. Apesar de ter um filhinho assim, ela era super alegre e sempre dizia que a vida era difícil e que se a gente for ficar triste por causa dos problemas, aí as coisas pioravam. Ela dizia que sempre vivia alegre para espantar as dificuldades que atravessavam seu caminho. Era jovem, tinha só 25 anos mas a experiência de uma pessoa idosa. Tratava o filho super bem. Ele tinha uma respiração muito ofegante e isso me deixava angustiada mas a mãe afirmava que aquela respiração era normal. Todos os dias vinha a fisioterapeuta respiratória para aspirar catarro das narinas e da garganta de Kaio. Aquilo me deixava horrorizada pois eu via sangue dentro do vidro de aspiração. Aquilo, logicamente, significava que a sonda estava a ferir o pobrezinho... Teve uma vez que uma enfermeira veio para colocar soro no outro braço dele e Kaio fez uma cara de tristeza que quase me levou às lágrimas. Tinha certeza que ele sabia o que ira acontecer: a enfermeira ia furar o braço dele e ia doer!!! Mesmo assim, Kátia não se deixava abater. Olhava para o filho com amor, o confortando o tempo todo... Me disse que tinha uma outra filha: Kaylanne (não sei nem se é assim que se escreve o nome dela), e que pretendia engravidar de um outro filho, de preferência menino.

Kaio recebeu alta quinta-feira. Fiquei com o telefone de Kátia. Que lição de vida! Que bênção! As coisas que me contou ficaram guardadas para sempre em minha memória e seu sorriso e seu amor por Kaio serviram de inspiração para mim... Perguntei se ela já tinha assistido " O óleo de Lorenzo" e ela me disse que sim. Eu a achava muito parecida com a mãe do Lorenzo do filme e Kátia afirmou que passou por muito sofrimento por causa de Kaio e que teve momentos que ela fez como a mãe de Lorenzo: disse ao filho que se ele não aguentava mais sofrer, que pedisse para o Papai do Céu o levar. Aquilo me chocou bastante mas Kátia tinha razão. Uma mãe não suporta ver o filho sofrendo. Se for para sofrer, que a criança peça para ir pra junto do Pai...

Obrigada Deus por ter me presenteado com uma filha saudável apesar de tudo o que aconteceu comigo no início da gravidez e por ter permitido que eu conhecesse Kátia, um exemplo de força e dedicação. Uma mulher que briga com todos para defender seu filho indefeso e preso a uma cadeira de rodas ou a uma cama. Uma mãe que eu sei que sofre com as sessões de fisioterapia respiratória mas que sabe que aquilo é para o bem de seu filho.

É por esse e outros motivos que dedico essa página a Kátia. Apesar da pneumonia de minha filha, tive um Dia das Mães feliz por ter te conhecido.

Um grande beijo amiga e fica com Deus.

Silvia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

NOVAS NOTÍCAS...

Sábado, fomos para o sítio Gravatá e foi super divertido. Tirei um bocado de fotos da minha princesinha Ysadora, do priminho dela Arthur e de toda a galera que estava lá. Um amigo dos meninos, chamado Ednaldo, quase me mata de rir com suas histórias... Quando chegamos, fomos ao aniversário de Leonardo, filho do meu primo Cláudio e de Ana. A festa estava muuuuuito linda mas eu me arrependi de não ter tirado fotos da Ysadora perto dos enfeites da festa. Só tirei duas dela quando chegamos e as outras foram na piscina... Ai como odeio me arrepender das coisas... Tinha tantos lugares bonitos pra tirar fotos da minha filhota e eu voei geral! Tinha um palhaço lá contando piadas, uma mesa só com docinhos, uma mesa com uma porção de enfeites e uma mesa com o bolo e eu só tirei duas fotos da minha linda quando chegamos perto de umas bolas? Ai que ódio. Vai demorar um pouco até que eu me recupere dessa gafe. Bom, pelo menos ela tirou um montão de fotos no sítio em que ficou a coisa mais linda desse mundo...
Esses dias encontrei um monte de gente que fez parte da minha vida estudantil: Eliana, Gilcilene e Gilcileide, Tânia, Manoelina, Haleteia e André. Através deles, fiquei sabendo notícias de outros colegas e foi super legal... Foi um momento nostalgia bem gratificante. Deu até vontade de voltar ao passado, hehe.
Minha prima Jaile, deu à luz Júlia agora dia 3 de maio e estão todos muito felizes...

Um super beijo para todos.

Silvia.